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Inclusão na Escola

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18-11-2019

Inclusão na escola na prática

formação quando ocorre, possui profundas lacunas entre teoria e prática. O currículo dos cursos voltados à inclusão priorizam o estudo das deficiências e suas características, em detrimento de temas práticos que abordam o processo do ensino e da aprendizagem.

O resultado é a desconexão com a realidade dos alunos e a ausência de articulação entre educação especial, rede de apoio e ensino regular.

A formação inicial e continuada precisa estar conectada com o cotidiano escolar, para que os professores, ao planejar as aulas, olhem mais para as competências dos alunos do que para suas limitações.

A homogeneização do ensino nas escolas é outra barreira para a efetividade da inclusão. A busca por um padrão de ensino acaba excluindo as diferenças e impedindo o acolhimento dos alunos com deficiência.

O rompimento dos moldes pré-estabelecidos é crucial para abrir caminho para uma nova estrutura onde as diferenças são valorizadas.

Mas, sabemos que para adaptar os currículos às diferentes realidades dos alunos, é necessário que os professores estejam menos sobrecarregados no seu dia a dia. Algumas rotinas, como as administrativas, consomem grande parte do tempo dos docentes. 

adoção de tecnologias que automatizem esses trabalhos tem se mostrado uma boa opção para desobstruir o tempo dos professores e para que consigam focar nas diferenças e na aprendizagem de cada aluno em sala de aula.

Com a disponibilidade do professor, e, diante de uma formação focada em competências, a motivação dos alunos para aprender será maior e a inclusão ocorrerá de maneira mais fluida.

Como facilitar o processo de inclusão?

A educação inclusiva é uma prática que está em construção. No dia a dia, o professor se depara com diversas situações e precisa resolvê-las no ato, conforme o conhecimento adquirido até então.

Para facilitar o processo de inclusão na sua escola, separamos algumas sugestões e apresentamos abaixo.

Promova encontros para troca de experiências

E, por que não formar dentro da própria escola? Os gestores podem promover reuniões e trocas de experiências entre os professores, sendo os mediadores do conhecimento e fazendo com que sugestões de melhorias também sejam trazidas nestes encontros.

Pode haver, inclusive, o que chamamos de multiplicadores do conhecimento. Caso não seja possível conceder formação a todos os docentes, alguns podem ser escolhidos para receber treinamentos e disseminar entre os colegas.

Relatos sobre situações em sala de aula e questões específicas sobre determinados alunos também podem ser trazidas pelos professores, com o intuito de compartilhar ideias e enfrentar os desafios do dia a dia com maior facilidade.

A aquisição de conhecimentos e a troca de experiências é importante para formar a base da prática pedagógica e desconstruir pensamentos equivocados sobre a inclusão escolar.

Conheça os alunos e suas competências

Apesar de exigir maior tempo dos professores, procurar conhecer os alunos é essencial para que efetivamente haja inclusão na sala de aula.

É importante considerar um tempo no planejamento para conhecer melhor os alunos e criar estratégias que os desenvolvam e realcem suas competências.

Durante muito tempo se acreditou que identificar as limitações dos alunos com deficiência seria o caminho ideal para trabalhar suas diferenças, porém, pode ter um efeito paralisante. Buscar as competências e trabalhá-las favorece uma maior participação do aluno nas aulas e, por consequência, uma maior aprendizagem.

A observação estratégica, distribuída em diversos momentos da aula, mostra-se uma excelente ferramenta para adquirir conhecimento a respeito das competências dos alunos. Servirá de base para adaptar o currículo, metodologias e formas de avaliação em sala de aula.

Adapte currículo, metodologia e avaliação

Diferente do que as instituições escolares costumam praticar, a adaptação do currículo, das metodologias e formas de avaliação à singularidade dos alunos é essencial para que a inclusão na escola aconteça.

Respeitar os percursos individuais, ouvir a voz e as experiências dos alunos, partindo da realidade de cada um deles, promove um engajamento maior nas aulas e os motiva a aprender conforme seu próprio ritmo.

Sabemos que os professores, por vezes, são responsabilizados pela resistência às mudanças trazidas pelo processo de inclusão na escola. Mas, devemos admitir que sem o esforço contínuo desses profissionais, não teríamos alcançado metade da realidade inclusiva existente hoje nas escolas Brasil afora. 

Estamos em um momento de ajustes e construção. Mais do que esperar por decisões maiores, devemos apoiar os professores com medidas que estão em nosso alcance, para que consigam efetivar a inclusão na sala de aula e gerar a aprendizagem dos alunos conforme as diferenças de cada um deles.

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